O segundo dia do XI Encontro do Comitê de Glóbulos Vermelhos e do Ferro da ABHH (#Globulos2025) foi marcado por debates intensos e reflexões profundas sobre os desafios e avanços no cuidado aos pacientes com doenças hematológicas, especialmente no contexto das talassemias, deficiência de ferro e doenças raras.
Logo na abertura da programação, o Dr. Fernando Costa destacou o caráter humanizado do evento: mais do que revisar a literatura científica, as aulas buscam homenagear os pacientes que enfrentam essas condições diariamente.
Durante a sessão dedicada à hematologia pediátrica, o Dr. Anderson Araújo (Fundação Hemope) ressaltou a importância da adoção precoce de condutas terapêuticas adequadas para talassemias, afirmando que "a hematologia pediátrica deve adotar conduta de tratamento de talassemias para que tenhamos adultos saudáveis".
Na sequência, a Dra. Monica Veríssimo chamou atenção para as disparidades no acesso às novas terapias para talassemias, enfatizando que "temos sempre que lembrar da diferença dos serviços que atendem os nossos pacientes e o acesso disponível".
A temática do diagnóstico e manejo da deficiência de ferro também teve destaque. A Dra. Helena Grotto (Unicamp) pontuou que o cenário atual no Brasil é agravado pelo "acesso desigual, falta de precisão do diagnóstico e falta de investigação adequada sobre deficiência do ferro".
Já a Dra. Paula Villaga (Comitê de Hemostasia e Trombose da ABHH / Gprosangue) defendeu a importância da abordagem multidisciplinar no tratamento dos pacientes, reforçando o papel essencial da integração entre especialidades no cuidado hematológico.
No período da tarde, a sessão dedicada às doenças raras contou com a contribuição do Dr. Guilherme Perini, que apresentou uma abrangente explanação sobre porfirias, elucidando os principais aspectos diagnósticos e terapêuticos para o público presente.
O Dr. Yuri Vasconcelos Pinheiro abordou as opções de tratamento atualmente disponíveis para a Teleangiectasia Hemorrágica Hereditária, ampliando o debate sobre o manejo de doenças de baixa prevalência, mas de alto impacto clínico.
Em sua palestra, o Dr. Flavio Augusto Naoum abordou critérios clínicos para o início da sangria terapêutica na hemocromatose hereditária, ressaltando seu papel no controle da sobrecarga de ferro e na prevenção de danos orgânicos a longo prazo.
Durante sua participação, o Dr. Flavio Augusto Naoum destacou os critérios clínicos fundamentais para o início da sangria terapêutica em pacientes com hemocromatose hereditária, enfatizando a importância dessa abordagem no controle da sobrecarga de ferro e na prevenção de complicações orgânicas a longo prazo.
Na última mesa do encontro, após o Dr. Rodolfo Cançado introduzir a temática sobre esporte, a Dra. Ana Clara Kneese chama a atenção para os riscos associados à prática esportiva sem a devida avaliação médica, especialmente em relação à trombose em atletas, muitas vezes agravada pelo uso indiscriminado de hormônios. Ambas as falas reforçaram a necessidade de abordagem individualizada e criteriosa, aliando prevenção e segurança ao paciente.
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